Assinatura do Tratado de Assunção (Mercosul)

Em 26 de março de 1991 iniciava-se o Mercosul. Quais acordos foram feitos e que benefícios trouxeram para a economia brasileira?

Por
Lara Tannus
Data de Publicação

 

Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, são os Países que compõem o Mercosul hoje (Arte: Renan Braz)
Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, são os Países que compõem o Mercosul hoje (Arte: Renan Braz)


Num contexto mundial de globalização, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinavam, em 1991, o Tratado de Assunção criando o Mercado Comum do Sul (Mercosul). O professor João Paulo Candia Veiga, do Departamento de Ciência Política da FFLCH-USP, explica que o Tratado se inseriu no conceito de “regionalismo aberto”: “Os países se uniam em torno de um projeto comum sem promover medidas protecionistas na relação entre o bloco e o resto do mundo”.

O docente explica que o Mercosul teve grande impacto nas cadeias de valor relevantes, como na indústria automotiva. “O comércio exterior dentro do bloco cresceu, as montadoras se especializaram, ganharam eficiência e, teoricamente, o consumidor também teria sido beneficiado com a redução de preço dos veículos e a modernização dos modelos lançados”.

Sobre a importância do Mercosul na economia brasileira, Veiga avalia como uma conquista, tendo em vista que o Brasil serve de sede para muitas empresas dentro do Mercosul e de outros países latino-americanos, de exportação de manufaturados e semiacabados.

João Veiga comenta que, nos dias de hoje, os países aderiram medidas protecionistas por desequilíbrios macroeconômicos domésticos, pelo esgotamento dos ganhos de escala previstos no mercado regional e finaliza dizendo que “o Mercosul não avançou para um projeto integracionista mais profundo, além de uma área de livre-comércio, e de uma união aduaneira imperfeita”.