Minicurso "Recrudescimento das políticas neoliberais no mundo"
Duração: 6h
Público alvo: estudantes de graduação e pós da USP ou de qualquer outra universidade
Língua em que será oferecido o curso: português
Haverá certificação para os inscritos.
Link para inscrição: http://forms.fflch.usp.br/node/88
Biografia de Gérard Duménil: Economista francês, Gérard Duménil é um dos mais reconhecidos estudiosos sobre o neoliberalismo no mundo. Foi diretor de pesquisa do Centre National de la Recherche Scientifique. A partir dos anos 1980, Duménil passou a estudar, ao lado de Dominique Lèvy e de maneira precursora, as feições da fase neoliberal do capitalismo. Combinando em seus trabalhos teoria e análises concretas, grandes quantidades de dados e modelagem matemática, juntos escreveram mais de vinte livros. Duménil também publicou em co-autoria livros com os filósofos Jacques Bidet e Emannuel Renault e o sociológico Michel Löwy. Dezenas de suas obras foram traduzidas para o inglês, o espanhol, o chinês, o italiano e o português. No Brasil, temos: Crise do neoliberalismo (Boitempo, 2014), o artigo “O neoliberalismo sob a hegemonia norte-americana”, para a obra coletiva A finança mundializada (Boitempo, 2005), organizada por François Chesnais, Uma nova fase do capitalismo? (Xamã, 2003); 100 palavras do marxismo (Cortez, 2015); Ler Marx (Unesp, 2011); artigo na obra coletiva A finança capitalista (Alameda, 2010) e artigos na revista Crítica Marxista. A contribuição teórica e analítica de Gérard Duménil, reconhecida e amplamente utilizada por autores como David Harvey e Thomaz Piketty, se mostra de profunda atualidade e relevância diante do recrudescimento do neoliberalismo na grande maioria dos países do capitalismo central ou dependente.
Ementa do mini-curso: O curso será baseado no livro recentemente publicado por Gérard Duménil e Dominique Lévy, em inglês: “Capitalismo gerencial: propriedade, gestão e o novo modo de produção”. A análise da história apresentada por Marx há mais de um século e meio exige uma revisão profunda sobre um ponto crucial: a dinâmica das relações de produção contemporâneas não traça o caminho esperado em direção a uma sociedade sem classes, mas a transição para um novo modo de produção, um "gerencialismo" onde a classe dominante é a aquela dos quadros gerenciais. Há um hibridismo das relações de produção. As consequências políticas desta revisão das teses marxianas são muito extensas. O curso pretende auxiliar, portanto, na compreensão da conjuntura econômica e política contemporânea pretendendo fornecer elementos para compreender as razões do recrudescimento de determinadas políticas do neoliberalismo nos países de capitalismo avançado ou depende desde a crise 2008.