FFLCH recebe visita de estudantes do Ensino médio e pré-vestibulandos

Durante a visita monitorada, os possíveis futuros alunos receberam informações dos cinco cursos de graduação diretamente dos docentes da Unidade e puderam conhecer os prédios e alguns laboratórios

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Eliete Viana
Data de Publicação

diretora e professores durante visita monitorada 2019
Os visitantes receberam as boas-vindas da direção da Faculdade e dos presidentes das Comissões e assistiram apresentações sobre os cinco cursos de graduação oferecidos - Foto: Cicero Wanderberg / STI-FFLCH


A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP recebeu a visita de estudantes do Ensino Médio e pré-vestibulandos na tarde de sexta-feira, dia 12 de abril. Inicialmente, a recepção começou no Auditório Nicolau Sevcenko, no Edifício Eurípedes Simões de Paula (Geografia e História). Depois, os visitantes foram conhecer alguns laboratórios e a Biblioteca Florestan Fernandes.

A visita à FFLCH atraiu cerca de 200 visitantes, oriundos de escolas particulares, como Colégio Santa Maria e Sesi Suzano, de escolas públicas técnicas ou não, como a ETEC Parque Belém e a Escola Estadual Rui Bloem, além de cursinho pré-vestibular, por exemplo, Objetivo.

Este evento faz parte da visita monitorada organizada pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) da Faculdade. A atividade integra o Programa USP e as Profissões da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da Universidade. O objetivo é fornecer subsídios aos estudantes para que, com a ajuda de seus familiares e professores, sejam orientados na importante tarefa de optar por uma carreira profissional.

A ideia é que estes estudantes obtenham informações dos cinco cursos da Unidade – Ciências Sociais, Filosofia, História, Geografia e Letras – diretamente dos docentes que poderão dar aulas a eles no futuro e não somente pelo manual do candidato da Fuvest ou por outras pessoas que não vivenciam a rotina do curso e da Faculdade.

Apresentação à sociedade

O presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) da FFLCH, Yuri Tavares Rocha, deu início ao evento e ressaltou a importância da visita monitorada para a Faculdade, porque a instituição pode se apresentar aos estudantes antes mesmo deles se tornarem alunos.

“A visita monitorada é uma forma da Faculdade se apresentar à sociedade”, destacou Rocha, que é docente do Departamento de Geografia e aproveitou a ocasião para ressaltar os números da Faculdade, os quais mostram a sua grandiosidade: mais de 9400 alunos de graduação, cerca de 2500 de pós-graduação, quase 500 docentes e mais de 300 funcionários.
 

estudantes na rampa
O presidente da CCEx, professor Yuri Tavares Rocha, e os estudantes durante tour no Edifício Eurípedes Simões de Paula - Foto: Cicero Wanderberg / STI-FFLCH


Depois, foi a vez da presidente da Comissão de Graduação da FFLCH, Mona Mohamad Hawi, dar as boas-vindas aos estudantes presentes. Ela brincou que no próximo ano quer ver grande parte deles na matrícula e na Semana de Recepção aos Calouros da Faculdade. Como a escolha do curso de graduação e o processo seletivo para o ingresso nas universidades normalmente deixam os estudantes bem ansiosos, Mona fez questão de deixar uma mensagem afetuosa a eles.

“Espero que todos vocês consigam realizar aquilo que esteja no coração de cada um, mesmo que não venham para a Faculdade, apesar de eu desejar muito que vocês venham, espero que vocês se realizem de qualquer forma”, declarou Mona.

A diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, disse que estava muito feliz em poder falar com os estudantes e lembrou de que quando foi pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, de 2010 a 2016, ajudou a implantar o programa nos moldes que é realizado atualmente.

Em sua participação, além das boas-vindas, Maria Arminda ressaltou as qualidades e os diferenciais da Faculdade. "Uma instituição fascinante, que tem o tamanho e porte de uma universidade. É o maior centro de humanidades do Brasil, com um grande número de habilitações no curso de Letras, uma diversidade de pesquisas e atividades que não têm no Brasil", destacou a diretora, que é docente do Departamento de Sociologia.

Segundo ela, a diversidade do mundo e a complexidade do tempo são os temas de estudo da Faculdade. “Não é que estar dentro de laboratórios estudando animais não seja válido, mas não ficamos tanto em laboratórios porque não se põem sociedades e seres humanos neles. O atrativo da Faculdade é enfrentar as questões profundas, da existência das pessoas, da vida. Porque, no mundo da tecnologia, precisa ter também uma formação com conteúdo, densa, que envolva o pensamento”, enfatizou Maria Arminda.

Cinco cursos

A primeira apresentação foi sobre o curso de Ciências Sociais, feita pela docente Marina Vanzolini Figueiredo, que proporciona uma formação em uma área específica também – Antropologia, Ciência Política e Sociologia –, de acordo com as disciplinas cursadas ao longo da graduação.
 

estudantes na sala pró-aluno
Visita a uma das salas pró-aluno da Faculdade - Foto: Cicero Wanderberg / STI-FFLCH


“É um curso de formação, extremamente reflexivo. Quem estuda a área ganha uma carga de conhecimento que habilita a pensar sobre as condições de existência e da nossa sociedade. Uma área que possibilita uma boa formação e técnica”, comentou Marina.

O próximo curso a ser abordado foi Letras, cuja apresentação foi feita pelo professor Paulo Chagas de Souza, o qual salientou que a maioria dos formandos vão trabalhar na área de ensino, mas “tudo que for ligado à língua pode ter o profissional de Letras também”.

Souza enfatizou que 850 alunos ingressam no curso de Letras, o que corresponde a mais da metade dos 1669 ingressantes anuais na FFLCH. Além disso, ele lembrou que a grande variedade de cursos de línguas oferecidas pela Unidade é única dentro das universidades brasileiras, visto que são 16 habilitações disponíveis.

Em seguida, Rafael de Bivar Marquese comentou sobre o curso de História, destacando que possui “duas portas de saída”, porque dá a opção de fazer bacharelado e licenciatura, assim como os outros quatro da Faculdade e apontando que a principal característica “é ser essencialmente um curso de leitura”.

Representando o curso de Filosofia, Alex de Campos Moura, ressaltou que a proposta é formar e habilitar sujeitos capazes de um pensamento crítico e autônomo. “Tentamos ensinar modos de leitura para estudar a Filosofia, trabalhar com textos e aprender os pensamentos filosóficos. Gostar de leitura é uma condição fundamental para ingressar na Faculdade e no curso de Filosofia, sobretudo”, lembra o docente.

A exposição do curso de Geografia foi feita pelo professor Eduardo Donizeti Girotto. Em tom de brincadeira, o docente disse que dentro do curso falam que a “geografia é amor, é linda. E que, em última instância, os conteúdos aprendidos serão úteis para os estudantes saberem dialogar com conteúdo no grupo de WhatsApp da família”, pontuou, fazendo os estudantes rirem muito.

Girotto enfatizou que pensar o conhecimento no campo da geografia, é ir além. Para exemplificar sua fala, ele apresentou uma imagem com os jogadores da seleção francesa de futebol masculino, que foram campeões da Copa do Mundo Fifa 2018, realizada na Rússia. Depois, explicou que, aparentemente, a imagem pode parecer que é relacionada somente ao futebol, mas no fundo retrata também o mapa da colonização francesa na África. Por fim, destacou a importância do curso nos tempos atuais. “É isso que é a geografia: a capacidade de conectar e entender fenômenos que parecem inicialmente distantes. A geografia é fundamental em um mundo que existe a pós-verdade!”.
 

visita à biblioteca
Funcionário e diretora da Biblioteca Florestan Fernades recebem os participantes da visita monitorada - Foto: Cicero Wanderberg / STI-FFLCH


Infraestrutura

Aproveitando que gostar de ler foi destacado como fator importante para os alunos de graduação da FFLCH conseguirem acompanhar o grande número de leituras exigidas durante os cursos, a diretora da Biblioteca Florestan Fernandes, Adriana Cybeli Ferrari, apresentou um pouco do local. A Biblioteca Florestan Fernandes é considerada a maior biblioteca universitária do país, com um acervo de mais de 570 mil volumes.

Após as apresentações, os estudantes puderam tirar dúvidas sobre os cursos de graduação e da Faculdade em geral. Em seguida, foram conhecer alguns laboratórios e a biblioteca.