Na raiz, a fome! | Live solidária: bate-papo sobre a tese de doutorado de Luzia Barros PPG-ECLLP

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celp@usp.br
Docente responsável pelo evento
Professoras doutoras Rejane Vecchia e Paola Poma
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canal uspfflch https://youtu.be/sLCkdqWp9to
O evento será gratuito ou pago?
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Sem inscrição prévia
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Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Não
Descrição

A mesa do pobre é escassa, mas o leito da miséria é fecundo.​​​​​​​ ​​​​​​​(​​​​​​​Adágio popular)

No próximo dia 13 de outubro, das 18h às 20h, reafirmaremos o nosso compromisso com a solidariedade, pois sabemos que "é possível entrever uma solução para as grandes desarmonias que geram a injustiça...". (Antonio Candido, O direito à Literatura). O convite é destinado a todas e todos - docentes, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, funcionários, cidadãs e cidadãos não pertencentes à comunidade USP - que queiram participar da live "Na raiz, a fome"!, no canal uspfflch, ouvindo, lançando questões no chat, refletindo sobre um tema tão dolorido e que mereceu data especial da ONU para que todas as nações repensem suas prioridades; há 40 anos, em 16 de outubro de 1981, foi criado o Dia Mundial da Alimentação. No entanto, o problema parece longe de ser resolvido e, com a pandemia de covid-19, agravou-se ainda mais.

​​​​​​Dados do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2021"*, divulgado em 12 de julho último, apontam que, em 2020, o número de pessoas que passa fome aumentou em milhões em relação ao ano de 2019, sobretudo na América Latina, Caribe, na África e na Ásia. No Brasil, alguns estudiosos revelam que 19% da população passa fome reforçando que a insegurança alimentar aumentou em 55%. ​​​​​​​

​​​​​​Para conversarmos sobre este problema, convidamos Luzia Barros, doutora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa que se dedica a estudar o fenômeno nas literaturas brasileira e cabo-verdiana e nos estudos de Josué de Castro (1908-1973); convidamos também Ademar Ludwig, graduado em História pela UFPB, especialista em Agroecologia pela USP e Escola Nacional Florestan Fernandes e um dos coordenadores de loja dos Armazéns do Campo, um grupo de lojas do MST.

E por que estamos chamando este bate-papo on-line de live solidária? Porque chegamos à conclusão de que não é mais cabível abordar um problema dessa ordem sem olhar para o entorno. ​​​​​Basta uma rápida pesquisa ao Jornal da USP** e veremos que estudantes se mobilizaram, desafiando a pandemia para socorrer as populações que ficaram mais vulneráveis. Campanhas foram feitas pelas entidades de classe. Toda ação solidária parece pouca. Mas é sabido que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de alimentos, conforme estudo divulgado no site da Agência FAPESP, em 05 de outubro de 2021***.

Refletindo sobre esses aspectos, e com a responsabilidade acadêmica de abordar um assunto tão urgente, consultamos alguns agrupamentos que estão bastante vulneráveis e, nessa iniciativa conjunta entre pesquisadores, o Armazém do Campo, as entidades estudantis e o CELP decidimos promover essa ação solidária e, de antemão, deixamos bem claro que temos consciência plena de que pertence ao Estado brasileiro a obrigação de liderar as políticas de combate à pobreza, à fome, à falta de acesso aos bens materiais e culturais. Porém estamos numa situação de exceção ocasionada pela pandemia e pela quase ausência do Estado.

Assim sendo, nos somamos e decidimos fazer dessa live uma ação de arrecadação de alimentos e outros itens para levar nosso alento, nossa solidariedade e, mais, nosso compromisso estético, pedagógico e político. Um início de uma atuação concreta que ligue a fome de comida à fome de saber e à fome por resgate da dignidade humana e à fome por transformações reais favoráveis à vida de todos e que contribua, ainda que de maneira modesta, para diminuir os efeitos devastadores da pandemia sobre a população e que, sabemos, se prolongará além desse momento tragicamente agudo pelo qual estamos passando e, no âmbito da universidade, ameaça a permanência estudantil tão necessária para a formação acadêmica de nossos estudantes, especialmente as mães que moram no conjunto residencial do CRUSP.

Divulgue o link http://e.usp.br/itd entre seus familiares, amigos ou espaço de trabalho e conheça as instituições Armazém do Campo, Arsenal da Esperança, Movimento de Defesa dos Favelados. Entretanto, as doações devem ser encaminhadas diretamente junto às entidades, o CELP não está autorizado a receber qualquer espécie de doação, seja em itens, seja em depósito em conta bancária. No caso específico das entidades estudantis, somente as listadas no link são apoiadas pelo Centro para essa ação. Desconsidere quaisquer outros grupos e pessoas que peçam donativos em nome dos estudantes da USP e mencionem esta página de divulgação do evento. Acesse os links colocados na página de divulgação do evento, procure mais informações junto às instituições mencionadas e saiba como participar da campanha.

fontes das informações
*https://doi.org/10.4060/cb4474en
**https://jornal.usp.br/busca/?q=estudantes+pandemia+campanha
***https://agencia.fapesp.br/pesquisa-aponta-caminhos-para-reduzir-o-despe…
todos os acessos realizados em 07.10.2021, às 10 h09min.

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Na raiz, a fome