Cursos de Japonês e Coreano celebram 60 e 10 anos de criação na USP, respectivamente

A celebração, que aconteceu no dia 18 de dezembro, contou com coordenadores dos cursos, professores, estudantes e representantes de cada país

Por
Lívia Lemos
Data de Publicação
Editoria

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Foto: Astral Souto/Comunicação Social

Nesta última segunda-feira, 18, foi comemorado a criação dos cursos de Japonês e Coreano,  que fazem parte do Departamento de Letras Orientais (DLO). Em 2023, o curso de Japonês completou seu 60° aniversário, enquanto o Coreano, o 10°.

A cerimônia de celebração, que começou às 14h, foi realizada no Salão Nobre do Prédio da Administração da FFLCH e contou com a presença dos coordenadores de cada curso, estudantes e formados, professores ativos e aposentados, representantes do consulado do Japão e Coreia e a vice-diretora da FFLCH, Ana Paula Torres Megiani.

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Alunos e ex alunos, professores ativos e aposentados e estudantes intercambistas compareceram à cerimônia [Foto: Astral Souto/Comunicação Social]

O mediador do encontro foi o chefe do Departamento de Letras Orientais, o professor Antonio José Bezerra de Menezes Junior. Na oportunidade, ele pontuou a importância acadêmica, social e cultural dos dois idiomas comporem o ensino da universidade, o que foi confirmado pelos representantes do consulado de cada país. Em seus discursos, os consulados ressaltaram a parceria que o Japão e Coreia têm com a Universidade de São Paulo (USP) e a importância de ter esses dois cursos abrigados na maior universidade da América Latina.

Para fechar a celebração, estudantes de diferentes semestres de cada habilitação recitaram poemas em japonês e coreano. Uma forma de prestigiar não só o conhecimento adquirido, como também a troca cultural.

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Alunos do curso de japonês recitando poesias em japonês [Foto: Astral Souto/Comunicação Social]

60 anos de Japonês

A partir de 1908, o Brasil passou a receber um grande número de imigrantes japoneses, que chegaram ao país para trabalhar nas grandes fazendas de café. O ensinamento do idioma japonês teve início, portanto, nas casas desses imigrantes, que ensinavam sua língua materna para os filhos já nascidos em solo brasileiro. Apesar do crescimento de imigrantes japoneses e seus descendentes no país, o ensino do idioma ficava restrito apenas aos lares dessas famílias. Foi só em 1963 que o primeiro curso de japonês do país foi criado, na Universidade de São Paulo.

Eliza Atsuko Tashiro Perez, coordenadora do curso de japonês, ressalta o papel que a USP tem de buscar a diversidade de ensino, de raça e de cultura. Ter o japonês na lista de idiomas oferecidos pela USP prova isso: “Pelo nome que [a USP] leva, é importante termos cursos de diversas áreas do conhecimento. No caso da língua e literatura japonesa, há uma importância devido ao grande número de imigrantes japoneses, não podemos ignorar isso. A busca pela diversidade é relevante, seja de gênero, raça e cultura, porque o Brasil é isso.”

10 anos de Coreano

Desde que foi criado, em 2012, o curso de coreano teve um grande número de inscritos, que queriam não só aprender o idioma, como também explorar a cultura do país. Cheul Hong Kim, diretor do Centro Cultural Coreano em São Paulo, agradeceu o interesse de tantos estudantes brasileiros em explorar a língua coreana: “Sinto-me profundamente agradecido e acredito que os 10 anos do curso são uma expressão do amor que existe entre os cidadãos brasileiros em relação à Coreia e seu idioma. Nosso papel é estreitar as relações entre os países.” Seu discurso, em coreano, foi traduzido pela coordenadora do curso, Yun Jung Im Park.

Um outro motivo de celebração é que em 2024 o curso de coreano receberá dois novos professores. Yun Jung Im Park pontua a importância do coreano existir - e permanecer - na Universidade de São Paulo: “A USP é uma instituição que tem um departamento de Letras Orientais como nenhuma outra no Brasil e na América do Sul. Por nosso curso de bacharelado em coreano ser o único da América do Sul, temos que zelar por ele. Pautamos o curso pelas humanidades, língua e literatura na sua forma mais pura e precisamos do conhecimento da Ásia para este novo século.”

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A cerimônia de celebração pode ser assistida aqui: