Diretora da FFLCH assume o cargo de coordenadora do Escritório USP Mulheres

Além de dar continuidade aos projetos existentes, Maria Arminda do Nascimento Arruda pretende ampliar a atuação do escritório, o qual passou a coordenar a partir de 1º de outubro

Por
Redação
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Maria Arminda e Eva Blay
As docentes do Departamento de Sociologia momentos antes da cerimônia de outorga do título de professora emérita à Eva (à direita), realizada na tarde do dia 19 de outubro de 2018, na qual Maria Arminda foi escolhida pela homenageada para falar de sua trajetória - Foto: Victoria Golfetti - STI/FFLCH

 

A professora e atual diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, é a nova coordenadora do Escritório USP Mulheres, substituindo Eva Alterman Blay, que ocupava o cargo desde a criação do órgão, em 2016.

“Esse é um novo desafio acadêmico e institucional. Assumo o cargo com a responsabilidade de substituir a professora Eva, que, além de ser uma grande pesquisadora, é reconhecida como uma das pioneiras no campo dos estudos feministas e de gênero”, afirma a nova coordenadora.

Maria Arminda também faz questão de ressaltar a importância da antecessora na estruturação e institucionalização do escritório: “coincidentemente somos do mesmo departamento na FFLCH e temos uma relação de grande proximidade e amizade. Pretendo dar continuidade a tudo o que já foi construído e pensar no que ainda pode ser ampliado”.

“Fiquei três anos à frente do escritório e já é hora de renovar. A Maria Arminda é especialista na área de cultura, o que é fundamental, porque as dificuldades de gênero estão articuladas com as mudanças culturais, com as mudanças de mentalidade”, afirma a ex-coordenadora do escritório, Eva Blay.

Igualdade de gênero

Ligado à Reitoria, o Escritório USP Mulheres desenvolve ações e projetos voltados para a igualdade de gênero e empoderamento feminino na Universidade. Além de realizar palestras, treinamentos, campanhas de conscientização e pesquisas, o escritório também faz parte de uma rede de acolhimento a vítimas de agressão e assédio, formada por outros serviços da USP, coletivos e órgãos públicos.

Como explica Eva Blay, “os problemas que encontramos aqui na USP são os mesmos das outras universidades do mundo, mas acho que nos últimos anos conseguimos definir alguns caminhos para enfrentar a situação, e essas iniciativas já repercutem positivamente não só aqui, mas também fora dos muros da Universidade”.

“Não podemos esquecer que o Escritório USP Mulheres também desempenha um papel muito importante para a sociedade. A USP é um grande laboratório, e pensar no problema de gênero aqui contribui para as discussões e para a construção de políticas públicas ligadas a essa temática. Manter um diálogo com a agenda pública é especialmente importante diante do obscurantismo que está avançando no País.”

Programa USP Mulheres

Em 2015, a USP foi uma das dez universidades mundiais escolhidas para integrar o projeto Impacto 10x10x10, desenvolvido pelo movimento “ElesPorElas” (HeForShe, em inglês) da UN Women, instituição da Organização das Nações Unidas dedicada a projetos na área de igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres.

A primeira iniciativa da Universidade ao ingressar no projeto foi a criação do Programa USP Mulheres, inicialmente coordenado pela professora da Faculdade de Medicina Lilia Blima Schraiber. No ano seguinte, em 2016, foi inaugurado o Escritório USP Mulheres.

O projeto Impacto 10x10x10 foi lançado no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), e reúne 30 líderes mundiais em três setores – público, privado e academia. As universidades foram selecionadas a partir de critérios baseados em sua reputação ética, excelência no serviço público, relevância e alcance global e boa vontade para usar sua influência para comandar e inspirar mudanças no ensino superior.

A USP é a única universidade latino-americana a participar do grupo, composto pela Universidade de Georgetown (Estados Unidos), Universidade de Hong Kong (China), Universidade de Leicester (Reino Unido), Universidade de Nagoya (Japão), Universidade de Oxford (Reino Unido), Sciences Po (Paris), Universidade de Stony Brook (Estados Unidos), Universidade de Waterloo (Canadá) e Universidade de Witwatersrand (África do Sul).


(Com informações de texto publicado no Jornal da USP, na editoria Institucional)