Colóquio LAAAE - Por uma Arqueologia do Parentesco

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André Strauss
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Museu de Arqueologia e Etnologia - Sala 2, Bloco B
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Descrição

COLÓQUIO LAAAE - PROF MÁRCIO SILVA - POR UMA ARQUEOLOGIA DO PARENTESCO - 04/11 às 14:30h

O Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva (LAAAE) convida para a palestra do Prof. Márcio Ferreira da Silva (Dpt. Antropologia, FFLCH-USP / Centro de Estudos Ameríndios) intitulada Por uma Arqueologia do Parentesco a ser realizada na próxima segunda-feira dia 04/11 às 14:30 no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Sala 2 - Bloco B).
Detalhes abaixo e no cartaz anexo.

Prof. MÁRCIO FERREIRA DA SILVA, Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia da FFLCH e Centro de Estudos Ameríndios

Resumo:
Ao longo do período de emergência e consolidação das matrizes teóricas clássicas da antropologia social, os estudos de parentesco desempenharam um papel fundamental, acumulando “uma vasta bibliografia que abrange, talvez, mais da metade do total da literatura antropológica” produzida em seus primeiros cem anos (Fox, 1967:10). Contudo, alguns de seus aspectos mais instigantes, como a evolução das redes empíricas de parentesco e o funcionamento real dos regimes de alianças matrimoniais, flagrados em cada caso etnográfico e julgados objetos de “complicação impossível” a olho nu (Goldenweiser, 1913), precisaram aguardar o Século XXI e as ferramentas computacionais para se tornarem objetos de alguma forma tratáveis.
Atualmente, se por um lado,meios e métodos informáticos voltados ao estudo desses objetos são capazes de torná-los minimamente abordáveis, por outro lado é preciso admitir que praticamente tudo ainda está por ser feito neste novo horizonte de investigação. Nesse sentido, a antropologia do parentesco hoje se defronta comum desafio de certa forma idêntico ao que a arqueologia tem enfrentado desde os seus primórdios: Como estudar as culturas e as formas de vida social dos coletivos humanos, do passado e do presente, a partir da análise de pequenos fragmentos dessas manifestações?

Para a arqueologia, esses fragmentos normalmente correspondem a objetos materiais e intervenções no meio ambiente produzidos por esses coletivos.Para a antropologia do parentesco, seus dados iniciais são também fragmentos de alguma forma conservados, como lembranças e esquecimentos de suas conexões genealógicas e de suas intervenções na evolução de suas próprias redes de aliança, que a elas conferem uma dada curvatura no tempo social.

FOX, R. 1967. Kinship and Marriage. Baltimore: Penguin Books.
GOLDENWEISER, A. A. 1913. Remarks on the social organization of the Crow Indians. American Anthropologist N.S., v. 15, n. 2, pp. 281-294.

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COLÓQUIO LAAAE - PROF MÁRCIO SILVA - POR UMA ARQUEOLOGIA DO PARENTESCO - 04/11 às 14:30h