Revista Literatura e Sociedade publica Antonio Candido e a Literatura

A edição é uma homenagem ao professor emérito da FFLCH
Por
Eliete Viana
Data de Publicação
Editoria

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A última edição da Revista Literatura e Sociedade recebeu o título Antonio Candido e a Literatura, tema ​​​dedicado ao professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Este é o número 30 da Revista do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, que conta com ensaios de 15 professores da Faculdade, além de um excerto da tese de livre-docência de Joaquim Alves de Aguiar, na seção Memória, e um texto de Antonio Candido, na seção Rodapé.

Os professores que participam da edição são: Sandra M. Nitrini, Aurora F. Bernardini, Salete de A. Cara, Maria Sílvia Betti, Edu Teruki Otsuka, Betina Bischof, Andrea Saad Hossne, Maria Augusta Fonseca, Yudith Rosenbaum, Sandra Vasconcelos, Viviana Bosi, Alexandre Bebiano, Eduardo Vieira Martins, Cleusa Rios e Ariovaldo Vidal.

No editorial da Revista é explicado que a publicação sobre Antonio Candido (1918-2017) foi concebida como fruto de evento realizado na Faculdade. No ano de 2018, em razão do centenário de nascimento de Candido, muitas homenagens ao docente foram feitas dentro e fora da USP. Naquele ano, o Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, criado pelo professor, realizou um evento entre os dias 5 e 11 de novembro.

O título do evento, que viria a ser o mesmo da edição da Revista, falava do desejo de discutir literatura, discutir as obras e os autores da literatura brasileira e estrangeira. Ocorrido em três locais: Anfiteatro de Geografia e Auditório Milton Santos da FFLCH; e Auditório da Biblioteca Brasiliana Mindlin, durante uma semana inteira, os professores do Departamento de Teoria Literária, bem como vários convidados dos demais departamentos do curso de Letras, discutiram com os alunos — tendo havido mais de duas centenas de inscritos — aspectos da obra de Antonio Candido, em três grandes eixos: questões teóricas; leitura da poesia lírica; leitura da prosa de ficção.

No total, foram oito mesas, com 24 trabalhos apresentados, cuja tônica recaiu na leitura das obras e autores, bem como na discussão de problemas críticos, e não propriamente em textos memorialísticos, pois a ideia é que fosse uma grande conversa e discussão entre professores e alunos sobre a obra do autor. Ao final da mesa de abertura, a professora aposentada Iná Camargo Costa leu o texto escrito pelo próprio Candido — um inédito cedido a Maria Augusta Fonseca —, intitulado “Como e porque sou crítico”, publicado no livro-homenagem Antonio Candido cem anos, Editora 34, e republicado neste número de Literatura e Sociedade .

"O material compilado neste número de Literatura e Sociedade oferece uma visão abrangente da excelência dos trabalhos apresentados no Seminário", ressalta o editorial.

A publicação pode ser acessada pelo link da Revista.