Webinar: “Morrer, se preciso for; matar, nunca” - os intérpretes do Serviço de Proteção aos Índios – SPI (1910-1967)

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jamilly.alvino@usp.br
Docente responsável pelo evento
John Milton e Silvia Cobelo
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Evento gratuito
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Sem inscrição prévia
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Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Não
Descrição

Palestrantes: Prof. Dr. John Milton e Profa. Me. Helena Barbosa

RESUMO
De 1910 a 1967, diversos intérpretes indígenas e não indígenas foram empregados pelo Serviço de Proteção aos Índios – SPI para mediar o contato entre funcionários do governo brasileiro e grupos indígenas em meio a uma zona de contato onde culturas contrastantes interagiam e colidiam em relações de poder assimétricas. O SPI, idealizado pelo Marechal Rondon (1881-1955), teve como objetivo “pacificar” indígenas e integrá-los à sociedade brasileira; a comunicação em suas próprias línguas foi uma das principais estratégias empregadas no processo. A partir de uma pesquisa baseada fundamentalmente em fontes arquivísticas fotográficas e textuais do próprio SPI, examinamos o papel desempenhado por alguns intérpretes nas frentes de atração e pacificação. Apresentaremos os casos de Vanuíre, uma intérprete indígena que foi pivô na “pacificação” dos indígenas Kaingang do oeste do estado de São Paulo em 1912, bem como dos intérpretes que trabalharam com o antropólogo Darcy Ribeiro com o objetivo de coletar informações sobre os grupos Ka’apor, localizados na fronteira dos estados do Pará e Maranhão, em 1949 e 1951. Mostraremos também fotografias que registram atos de interpretação durante o contato com os Xavante (Mato Grosso) em 1949; da expedição realizada com o intuito de encontrar sobreviventes do grupo Xetá (Paraná) em 1955; e do primeiro contato com os Korubo (Amazonas) em 1996, este último já no contexto das expedições realizadas pela coordenação de índios isolados da Fundação Nacional do índio – FUNAI.

O evento será transmitido pelo Canal da FFLCH no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=Kdrrjl5dp1o

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