Multilingualism and Linguistic Vitality
Esta mesa-redonda tem por objetivo debater o multilinguismo, um traço marcante da experiência linguística dos falantes das sociedades do oeste africano, que pode até mesmo ser considerado a condição de comunicação sociocultural mais comum nessa região.
O conceito de multilinguismo abarca tanto o conhecimento, como os usos linguísticos envolvendo línguas geneticamente não relacionadas e tipologicamente distintas. Essa situação acontece quando duas ou mais populações etnolinguisticamente distintas dividem o mesmo espaço topográfico, interagindo ou não umas com as outras.
O estudo do multilinguismo abala nossa crença eurocêntrica segundo a qual nos caracterizamos por falar uma língua adquirida na infância, nossa língua materna. A experiência monolíngue europeia atual resulta do conceito de identidade nacional, para cuja construção a língua teve e tem um papel central – uma língua, uma nação. A ideia da língua nacional vem dar suporte à criação dos Estados nacionais e introduz estratificação nos usos linguísticos. O multilinguismo africano faz com que comecemos a nos enxergar como seres multilíngues, e essa consciência tem consequências para o tratamento da diversidade e da vitalidade linguísticas.
Acompanhe a transmissão do evento em www.iea.usp.br/aovivo
Evento em inglês, sem tradução simultânea.
Coordenação:
Esmeralda Vailati Negrão (Programa Ano Sabático)
Exposição:
Multilingual practices and ideologies
Felix Ameka (University of Leiden)
A paradise lost? Small-scale multilingualism and the prehistory of human languages and sociality
Pierpaolo Di Carlo (University of Buffalo)
Moderação:
Alexander Yao Cobbinah (Universidade de São Paulo)