Lançamento: O perecível e o imperecível

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Ateliê do Bixiga. Rua Conselheiro Ramalho, 945, São Paulo
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Descrição

Em O perecível e o imperecível, Daniel Calazans Pierri, Mestre em Antropologia Social  pela FFLCH USP, expõe reflexões e debates travados com jovens e velhos guarani mbya em torno das maneiras de como foi e de como ainda é possível conviver com os estragos causados pelos modos de vida dos não índios 


Na terça-feira, 17 de abril, a Editora Elefante lança O perecível e o imperecível: reflexões guarani mbya sobre a existência, de Daniel Calazans Pierri, segundo título da coleção Fundo & Forma, que publica obras contemporâneas de antropologia. Na ocasião, o autor debaterá sua obra com Jera Poty Miri e Tiago Karai, lideranças indígenas da cidade de São Paulo. O bate-papo contará ainda com a presença de Dominique Tilkin Gallois, docente do Departamento de Antropologia da FFLCH USP.

Em três capítulos, Pierri descreve e analisa as visões de mundo coletadas após longas conversas e anos de pesquisas junto aos Guarani Mbya em aldeias do Sul e Sudeste do país. A maioria das entrevistas é apresentada em versão bilíngue português e guarani. No livro, o leitor poderá conhecer mais sobre como os mbya enxergam a criação do mundo dos índios e do mundo dos brancos, além de sua interpretação sobre a vinda de Jesus, filho de Tupã.

"Daniel Pierri, em trabalhos recentes, restaura os direitos especulativos do pensamento guarani contra a voga hipercriticista e 'materialista' que recusou qualquer tipo de fundamento religioso aos deslocamentos territoriais dos Guarani em nome de considerações ecológicas", afirma o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

"Pierri mostrou que a especulação cosmológica, escatológica e filosófica dos Guarani não é separável e menos ainda excludente de uma reflexão sobre as condições materiais de existência desses povos", continua. "Mas uma reflexão não é um reflexo. Esse pensamento é uma reflexão filosófica feita a partir das condições históricas de opressão e de dominação que os povos guarani sofreram ao longo de cinco séculos."

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