Saúde mental é discutida na FFLCH durante a campanha Setembro Amarelo

Apresentação cultural, palestra, mesa-redonda e roda de conversa marcam o debate na Unidade. As próximas atividades acontecem nos dias 17, 18 e 24

Por
Eliete Viana
Data de Publicação

 

*Matéria corrigida em 16/09/2019, às 15h28

 

Neste mês, a campanha Setembro Amarelo é promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, com intuito de debater à saúde mental, discutir formas de acolhimento e conscientizar sobre a questão da prevenção do suicídio.

Apresentação cultural, palestra, mesa-redonda e roda de conversa fazem parte da programação da campanha, que é voltada para todos os públicos da comunidade universitária: alunos, professores e funcionários, pois o planejamento e a organização das atividades também foram pensados por seus representantes - visto que a composição da CDDH possui membros das três categorias. As atividades contam com o apoio do Coletivo Neurodivergente Nise da Silveira (CONEU) e do Laboratório de Pesquisa Social do Departamento de Sociologia (LAPS). 

A primeira atividade já foi realizada nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, às 19h, com a apresentação cultural Trilha Literário, no Espaço Verde do prédio de Filosofia e Ciências Sociais. Na próxima terça-feira, dia 17 de setembro, às 12h – o horário do almoço foi escolhido justamente para facilitar a participação dos funcionários –, é a vez da palestra Saúde mental do trabalhador, que será proferida pela assistente social Ariana Celis Alcantara, do Departamento de Saúde Ocupacional do Sesmt da USP.

Além da experiência obtida durante os cinco anos de atendimento na Universidade, Ariana abordou a questão em sua dissertação de mestrado em Ciências da Saúde, cujo título foi Trabalho, adoecimento e saúde mental na Universidade de São Paulo. E, atualmente, é professora contratada da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, na qual ela leciona a disciplina Vigilância em Saúde, junto ao Departamento de Política, Gestão e Saúde. 

A programação continua no dia seguinte, 18 de setembro, às 18h, com a mesa-redonda Todo mundo junto sofrendo sozinho – mudanças sociais e sofrimento na Universidade, que terá a participação de representantes do Coletivo Nise da Silveira e do pós-doutorando da FSP Thiago Marques Leão, cujo projeto de pesquisa é Mudanças Sociais, individualização e o sofrimento psíquico entre estudantes universitários. Além disso, ele é professor convidado desta mesma Faculdade, sendo co-responsável pela disciplina de pós-graduação Mudanças Sociais, Saúde Mental e Sofrimento Psíquico na Universidade.  

Na outra semana, dia 24, terça-feira, às 18h, acontece a roda de conversa Saúde mental e o uso de drogas, com o psicólogo Felipe Rebelo Buchmann e com o assistente social Rodrigo Mendes Barbosa, que trabalham no Programa de Acolhimento ao uso de álcool e outras drogas (Acolhe USP) da Superintendência de Assistência Social (SAS) da Universidade.

Durante a conversa, os funcionários da SAS vão abordar como a saúde mental pode ser prejudicada quando se faz uso nocivo de drogas, e mostrar como é o atendimento e acolhimento dado aos alunos, docentes e funcionários da USP.

Formas de acolhimento

Nestas atividades da FFLCH, os participantes vão poder conhecer melhor como funcionam algumas formas de atendimento e acolhimento oferecidas dentro da USP, além de poder compartilhar experiências. E, na USP, diversos eventos também estão sendo realizados durante este mês de setembro para abordar a questão da saúde mental, visto a importância de se debater o assunto na sociedade atual.

Um deles foi o 1º Simpósio sobre Prevenção ao Suicídio: Complexidade e Esperança, que aconteceu na segunda-feira, dia 9, organizada pelo Escritório de Saúde Mental, vinculado à Reitoria da USP, que presta apoio aos alunos de graduação. Clique aqui para assistir ao simpósio.

A campanha Setembro Amarelo começou a ser realizada no Brasil em 2015, promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) – uma Organização Não Governamental (ONG) voltada à prevenção e apoio emocional em relação ao suicídio –, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, internacionalmente, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Todas as atividades da campanha Setembro Amarelo da FFLCH são gratuitas e abertas não só à comunidade da Faculdade mas também ao público em geral, sem necessidade de inscrição prévia. 

Os locais das atividades podem ser conferidos no cartaz da campanha (acima), cujos endereços estão na página da FFLCH: https://www.fflch.usp.br/infraestrutura.

Mais informações: cddhfflch@usp.br.



*A formação do convidado Thiago Marques Leão foi corrigida. Pois, antes ele foi intitulado como médico ortopedista, qualificação de uma pessoa homônima.