Na manhã de segunda-feira, 11 de agosto, ocorreu a cerimônia de abertura da II Winter School da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Estiveram presentes na mesa Laura Moutinho e Fraya Frehse, respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Cooperação Internacional (CCint) da FFLCH; Silvana de Souza Nascimento, vice-diretora da FFLCH; Sérgio Percival, presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani); Rubens Beçak, representando a vice-reitoria da USP; e Paula Corrêa, secretária de gabinete da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP.
A organização é promovida pela CCint, em parceria com a PRCEU, e tem como objetivo fortalecer a internacionalização acadêmica, dando incentivo a redes de pesquisa em formação e/ou existentes. Para a professora Laura Moutinho, “A II Winter School mostrou como é possível vivenciar a FFLCH como espaço de circulação internacional, criando um ambiente fértil de diálogo, trocas e muito aprendizado mútuo”.
Os cursos foram oferecidos em português, francês e espanhol e ministrados por professores de instituições parceiras da África do Sul, Argentina, Chile, França, Polônia e Reino Unido.
As aulas ocorreram entre os dias 11 e 15 de agosto nos prédios de História/Geografia e Letras. Para Sérgio Percival, é importante que as atividades tenham sido presenciais: “Nada mais rico do que conviver e ver o professor falando na frente deles, trocando ideias, dando novas interpretações, fazer isso por um mesmo contexto”.
Silvana de Souza Nascimento destacou a importância dos temas abordados e suas temáticas para a formação de estudantes e pesquisadores. “Esperamos que esse Winter School dê bons resultados, que nós possamos construir redes de pesquisa, fortalecer, sobretudo, articulações com países africanos e também da América Latina”.
Um dos cursos oferecidos foi o curso Cinema of Reckoning: Memory, Justice, and Human Rights in North Africa, ministrado pelo Dr. Jamal Bahmad, Mohammed V University in Rabat, Morocco, que explorou o papel do cinema no Marrocos (e no norte da África) no enfrentamento da violência política, na criação de memória e de resistência. “As aulas abriram caminhos para compreender como a arte (e neste caso, o cinema mais especificamente) pode interpelar narrativas oficiais, driblar censuras e dar voz àqueles que foram calados por um sistema de opressão. Um curso de altíssima qualidade, que uniu rigor acadêmico, sensibilidade política e uma seleção cinematográfica verdadeiramente notável”, Laura Moutinho explica.
A professora destaca também o curso Disability and Debility: Analytics of Social Injustice, ministrado por Kharnita Mohamed, da University of Cape Town: “Foi uma oportunidade realmente rara de refletir sobre a deficiência como dimensão central das desigualdades estruturais. A professora explorou como a violência social, econômica e política produz, agrava e normaliza processos de adoecimento, debilidade e deficiência, afetando de forma desigual vidas, corpos e subjetividades”.