Professora Petronilha Gonçalves debate desafios da educação antirracista em roda de conversa na FFLCH

Na abertura da programação, evento reúne comunidade universitária para refletir sobre diversidade, pertencimento e relações étnico-raciais
Por
Juliana Morais
Data de Publicação
Editoria
.
Imagem: Juliana Morais / Serviço de Comunicação Social da FFLCH 

No dia 3 de outubro, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP promoveu uma roda de conversa com a professora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, referência nacional na luta pela educação antirracista e pelas relações étnico-raciais no Brasil. O encontro, realizado na FFLCH, contou com a presença do diretor da FFLCH, professor Adrián Fanjul, da vice-diretora professora Silvana Nascimento, além de docentes, representantes de núcleos, centros e grupos de pesquisa da Faculdade.
Professora Emérita da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e primeira mulher negra a integrar o Conselho Nacional de Educação (CNE), Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva é reconhecida por sua trajetória como pesquisadora e militante pela inclusão da temática étnico-racial na educação brasileira. Em sua fala, abordou educação, diversidade e pertencimento, destacando a responsabilidade das instituições de ensino na promoção de práticas e valores que contribuam para uma sociedade mais justa e plural.
 

.
Imagem: Juliana Morais / Serviço de Comunicação Social da FFLCH 

Petronilha também enfatizou que o compromisso da universidade deve se expressar não apenas em documentos institucionais, mas nas formas de convivência e nos propósitos que orientam sua atuação cotidiana. Para ela, a iniciativa “revela o compromisso da Faculdade com a valorização da memória e da presença negra na universidade”.
Mês da Consciência Negra na FFLCH
O evento marcou o início da programação “Presença e Memória Negra na FFLCH: Para além de Novembro”, que propõe uma reflexão contínua sobre as experiências e contribuições negras na universidade. De acordo com a vice-diretora Silvana Nascimento, “o projeto envolve estudantes, funcionários e docentes que buscam pautar a temática étnico-racial em nossos espaços acadêmicos e também na gestão”.
A agenda, que se estende de outubro a dezembro, inclui encontros com pós-doutorandos negros, conferências, sessões de cinema e exposições artísticas e fotográficas, com a participação de funcionários e artistas.
Durante a roda de conversa, os participantes compartilharam suas trajetórias e pesquisas, fortalecendo o diálogo sobre pertencimento e resistência dentro da universidade. A atividade simboliza o compromisso da FFLCH em ampliar os espaços de escuta, memória e protagonismo, indo além das celebrações de novembro e reafirmando o papel da educação como ferramenta de transformação social.

.
Imagem: Juliana Morais / Serviço de Comunicação Social da FFLCH