Colóquio Internacional: Cem anos de Clarice Lispector

Início do evento
Final do evento
E-mail
clarice100usp@gmail.com
Docente responsável pelo evento
Yudith Rosenbaum e Cleusa Rios P. Passos
Local do evento
Outro local
Auditório / Sala / Outro local
https://www.youtube.com/channel/UCNiH334YQslyClYxjkM0X8A
O evento será gratuito ou pago?
Evento gratuito
É necessário fazer inscrição?
Sem inscrição prévia
Haverá emissão de certificado?
Não
Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Sim
Descrição

https://www.youtube.com/channel/UCNiH334YQslyClYxjkM0X8A

A proposta deste encontro é reunir algumas das mil faces de Clarice Lispector, na visão de vários de seus mais importantes intérpretes. A diversidade de abordagens é a marca deste Colóquio, que busca interpelar a obra clariceana, tanto em seus eixos mais conhecidos e canônicos, quanto nos mais recentes e menos debatidos. Compõem o evento vozes críticas nacionais e internacionais, tecendo uma enorme rede de linhas interpretativas, que abrem caminhos para novos estudos. As apresentações percorrem vias múltiplas: filosófica, psicanalítica, sociológica, antropológica, desconstrucionista, crítica textual, estudos de gênero, interartísticas, entre outras. Democratiza-se o espaço acadêmico para a pluralidade de olhares da crítica, sem pretensão de esgotar suas possibilidades.

No ano de seu centenário, a escritora ucraniana, nordestina, brasileira e cosmopolita continua a desafiar a crítica desde que despontou como uma voz singular nas letras nacionais nos anos 40.

Hoje sua literatura ganha projeção mundial com novas traduções e leituras originais, revelando faces ainda inusitadas de uma autora avessa ao título de “escritora profissional”. Lispector ganha permanência ao ainda provocar seus leitores com textos insólitos, que nenhum sistema crítico sozinho pode abarcar em sua totalidade. Homenageia-se, então, a escritora que faz a literatura e a crítica não sucumbirem a esquemas redutores, seja da linguagem, seja das visões de mundo que seus livros revelam, em busca do que só se deixa apreender obliquamente.

Ao final, que restem intervalos, vazios e lacunas, sem nomes que encubram o silêncio – desejo maior de Clarice Lispector.

“Ouve-me, ouve o silêncio. O que te falo nunca é o que eu te falo e sim outra coisa. Capta essa coisa que me escapa e no entanto vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão”. (Água viva)