FFLCH marca presença na Bienal do Livro de São Paulo

Docentes, pesquisadores e funcionários participaram das atividades do evento, lançando livros e participando de debates

Por
Eliete Viana
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A 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi realizada de 2 a 10 de julho, de forma presencial após quatro anos. A 25ª edição aconteceu em 2018 e a de 2020 foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O evento atraiu um público de 660 mil visitantes, com 3 milhões de livros vendidos, recebendo 185 expositores, com cerca de 500 selos editoriais, 300 escritores brasileiros e 30 estrangeiros, em um espaço de 65 mil metros quadrados no Expo Center Norte, na capital paulista. Nestes números também consta a participação de docentes, pesquisadores e funcionários da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP lançando livros e participando de debates.

Portugal

Por causa dos 200 anos da Independência do Brasil que serão completados neste ano, Portugal foi um dos destaques da Bienal, sendo o convidado de honra do evento.

No dia 2, na abertura do Pavilhão Portugal, a professora Lilia Schwarcz, do Departamento de Antropologia, e que também é autora de várias obras, participou do debate Falamos de quem quando falamos do outro?, com os escritores Valter Hugo Mãe e Daniel Munduruku, com mediação da jornalista portuguesa Isabel Lucas, curadora da programação do espaço. 

Neste Pavilhão, na segunda-feira, dia 4, a diretora da Biblioteca Florestan Fernandes da FFLCH, Adriana Cybele Ferrari, e vice-diretora da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB) participou da atividade Bibliotecas e ODS: o Clube de Leitura ODS da ONU, com Bruno Eiras e Pierre André Ruprecht.

Na ocasião, falaram sobre como as bibliotecas públicas no Brasil e em Portugal estão a promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030, para além de explorar o potencial que o Clube de Leitura tem junto dos usuários das bibliotecas nos 2 países.

A Biblioteca da FFLCH tem o podcast Vem Junto 2030, cujo objetivo é apresentar os projetos e pesquisas da FFLCH alinhados à Agenda 2030 e seus 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Confira aqui os episódios veiculados.

Adriana comentou sobre a participação na Bienal. "É importante também levar [a discussão] em um lugar onde você tem toda uma atenção e um esforço de mostrar a produção editorial e fazer de fato a venda dos livros, que você tenha um espaço para discutir que estes livros cheguem às pessoas. A garantia e o direito das pessoas poderem ter bibliotecas equipadas com acervos qualificados que possam fazer com que as pessoas tenham acesso gratuito à informação, ao documento, ao conhecimento e à leitura. Essa é a nossa pauta, de também mostrar numa feira a importância das bibliotecas, um espaço em que tendo ou não dinheiro as pessoas terão acesso à informação".

Cátedra Jaime Cortesão 

Também no dia 4 e no Pavilhão Portugal, dois docentes do Departamento de História, José Jobson de Andrade Arruda e Vera Ferlini, participaram do evento Cátedra Jaime Cortesão - USP – O processo da independência do Brasil. O tema da palestra foi o pré-lançamento do livro Planos para o Brasil & Projetos para o mundo: o novo Imperialismo britânico e o processo de Independência (1800-1831), Editora Alameda, de autoria do professor Jobson. Veja o vídeo da apresentação aqui.

Ainda no Pavilhão Portugal, na sexta-feira, dia 8, a professora Vera fez parte do evento Uma Língua Cheia de Mundo, no qual foi realizado o lançamento da Revista Camões, que voltou a ser publicada pelo Camões IP. Além disso, outras publicações da Cátedra estavam à venda na livraria do estande.

Fundada em 1991, a Cátedra Jaime Cortesão é a mais antiga da Rede Camões. Ela associa os Departamentos de História e de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH na pesquisa e divulgação da história de Portugal e do mundo de colonização e língua portuguesa.

Salão de Ideias

Em 3 de julho, no Salão de Ideias, a professora Rita de Cassia Natal Chaves, da área de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, foi a mediadora da atividade Escritoras Premiadas de Língua Portuguesa, que contou com a escritora moçambicana Paulina Chiziane, vencedora do Prêmio Camões de Literatura em 2021, e Ana Maria Gonçalves, escritora brasileira de Minas Gerais.

No dia 9, no mesmo local, o professor do Departamento de Filosofia Renato Janine Ribeiro foi um dos palestrantes da atividade A Relevância da Política nas Sociedades do Século XXI, junto com o historiador, político e escritor português Rui Tavares, com mediação de Antônio Martins, jornalista e editor-chefe do site Outras Palavras.