Livro aborda funcionamento do signo linguístico na poesia

Do professor Moacir Amâncio, lançamento ocorrerá dia 10 de agosto e contará com leitura de poesias e sessão de autógrafos

Por
Paulo Andrade
Data de Publicação
Editoria

Dia 10 de agosto, das 18 às 20 horas, ocorre o lançamento do livro Câmara Escuro (Ed. Hedra, 78 pág., R$ 40,11), do professor Moacir Amâncio, do Departamento de Letras Orientais da FFLCH USP. O evento contará com leitura de poesias e sessão de autógrafos e será realizado na Casa das Rosas, na Av. Paulista, 37, São Paulo.

Uma palavra, no fundo, é uma grande experiência sinestésica. Assim como ver e ser visto, o olhar se torna uma escultura de reflexos que se alimentam mutuamente: a palavra e a imagem, o escuro e o claro, a presença e a ausência, a vida e a morte se entretecem como que esculpidos uns pelos outros. 

Moacir Amâncio vai ao próprio modo de funcionamento do signo linguístico para colocá-lo a funcionar na sua raiz poética — em que sons, imagens, memórias e sensações reverberam em uma câmara de ecos. Com maturidade poética impressionante, mostra neste livro que às vezes precisamos baixar os olhos para ver, e de pequenos deslocamentos para achar um outro modo de estar onde estamos. Um livro que, enfim, faz das sombras um mote para redimensionar o caminho da iluminação.

O autor

Moacir Amâncio possui graduação em Comunicação Social pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1975) e doutorado em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (2001).

Atualmente é Professor Titular do Departamento de Letras Orientais. Tem experiência na área de Literatura e Cultura Judaica, Literatura Brasileira, jornalismo, atuando principalmente nos seguintes temas: poesia, poemas, cinema, judaísmo, literatura e artes plásticas.

Autor dos seguintes livros, entre outros: “Os bons samaritanos e outros filhos de Israel” (crônicas e artigos sobre a vida israelense), “Dois palhaços e uma alcachofra” (estudo sobre a expressão judaica contemporânea centrada no escritor israelense Yoram Kaniuk e seu romance “Adam filho de cão”, “O Talmud” (tradução de trechos e estudos), “Hineni, ato de presença” (organizador, coletânea de ensaios em homenagem à prof. Rifka Berezin), “Do objeto útil” (poemas, Prêmio Jabuti 1993), “Figuras na sala” (poemas), “O olho do canário” (poemas), “Colores siguientes” (poemas), “Kelipat Basal” (poemas), “Contar a romã” (poemas), “Óbvio” (poemas), “Ata”, reunião de livros de poemas anteriores e inéditos, “Matula” etc. Também traduz prosa e poesia do hebraico e outros idiomas: “Sumri”, Amós Oz, “Badenheim”, Aharon Appelfeld, “Carta a Fernando Pessoa”, Ronny Somekh, “Terra e Paz”, Yehuda Amichai” etc. Organizou, juntamente com a profa. Berta Waldman, número da revista Noah dedicado à literatura judaica no Brasil – a revista é editada pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Atuou em diversas publicações: desde a revista Shalom nos anos 70 até a revista Visão, Gazeta Mercantil, O Globo (sucursal), Diário Comércio e Indústria, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo como repórter, redator e editor. Participou da fundação de Versus, nos anos 70. Foi repórter do Estado em Jerusalém. Nesse mesmo jornal foi editor de livros. Colabora com outras publicações, impressas e virtuais.

O livro pode ser adquirido no site Editora Hedra.

Com informações de Editora Hedra e Centro de Estudos Judaicos da FFLCH