FFLCH promove campanha de conscientização sobre alimentação de pombos

Os pombos no ambiente urbano podem transmitir várias doenças ao ser humano e causar incômodos, como danificar objetos e estruturas, o entupimento de calhas e o apodrecimento de forros de madeira. A campanha segue a Lei Municipal nº 16.914, de 06/06/2018

Por
Eliete Viana
Data de Publicação

 

 

cartaz campanha


A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP está com uma campanha informativa e de conscientização sobre a alimentação de pombos nas dependências da Faculdade, com o objetivo de reduzir a presença destas aves e evitar doenças à comunidade e problemas nas estruturas dos edifícios.

A campanha criada pelo Serviço de Comunicação Social da FFLCH faz uma brincadeira com a expressão “Ora, pombas!” – usada para momentos de admiração, surpresa, dor, mas também para alertar, como foi o intuito neste caso. A ideia é chamar a atenção do público a respeito dos problemas causados pelos pombos e pombas no ambiente urbano. E, por causa dos problemas, conscientizar sobre os riscos de alimentar estas aves, que não precisam da alimentação dada pelo homem para sobreviver. 

A orientação da campanha vai ao encontro da recomendação que está na Lei Municipal nº 16.914, de 6 de junho de 2018, que dispõe sobre a proibição de se alimentar pombos urbanos (Columba  livia – variedade doméstica) no âmbito do município de São Paulo e dá outras providências. 

Na FFLCH, funcionários constataram sujeira dos pombos nos aparelhos de ar-condicionado, no chão, nas muretas e até nos bebedouros que ficam em área mais aberta do Edifício Eurípedes Simões de Paula (prédio de Geografia e História). Alguns destes problemas também foram detectados e informados pelos usuários do edifício.

Por isso, antes da campanha em vigor, a Assistência Administrativa já realizou ações para reduzir a presença de pombos nos prédios da Faculdade. Entre elas estão a instalação de sonar, de barreiras e obstáculos; e aplicação de gel repelente para pombos. 

Doenças e incômodos

Os pombos se adaptaram muito bem nas cidades porque comem qualquer tipo de alimento oferecido pelas pessoas, fazem seus ninhos em praticamente todos os lugares que ofereçam abrigo, como parapeitos, beirais de edifícios e vão de ar-condicionado; e pela ausência ou pequena existência de aves de rapina, predador natural deles em ambientes naturais, para o controle de aves doentes e fracas. E, essa capacidade de adaptação traz uma grande reprodução e, por consequência, uma superpopulação de pombos. 

No ambiente urbano, estas aves podem transmitir várias doenças ao ser humano, como alergia, criptococose, dermatite, infecção intestinal, infecções pulmonares, meningite, toxoplasmose; além da poluição sonora, por causa do barulho que fazem. 

Fora os males à saúde, estas aves causam outros incômodos. Suas fezes ácidas danificam objetos e estruturas, como pinturas de carros, superfícies metálicas, fachadas, monumentos, vigas de telhado, forros, etc. O acúmulo destas fezes, de penas e de restos de ninhos traz riscos de contaminações diversos em fontes de água e alimentos, podem provocar o entupimento de calhas e o apodrecimento de forros de madeira também.

Este acúmulo é muitas vezes tão grande que a tarefa de limpeza se torna não só dispendiosa, mas de risco para quem a executará, caso cuidados básicos não sejam adotados tanto no ambiente tanto quanto com o trabalhador.


Fontes: 
Coordenação de Vigilância Sanitária (COVISA) da Prefeitura de São Paulo
Serviço de Saúde Ambiental da Prefeitura do Campus USP da Capital (PUSP-C)