Na reunião foram abordados temas como as reformas dos prédios, as prioridades do plano diretor e a participação ativa da comunidade USP nesse processo

Na terça-feira, dia 1º de julho, a Superintendência de Espaço Físico (SEF) se reuniu com a comissão formada por professores, alunos e funcionários da Unidade para discutir o plano diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). A elaboração do plano será feita por etapas, o cronograma apresentado prevê a finalização para maio de 2026. Reformas na FFLCH foram o tema central da reunião. A comissão comunicou as preocupações da Unidade com a preservação dos edifícios tombados durante as reformas e a proteção com acervos abrigados pelas bibliotecas, museus e arquivos.
Em resposta, o professor Miguel Antonio Buzzar, superintendente de espaço físico da USP, reforçou o compromisso do Órgão com a ampliação de espaços no campus, com base na urgência e viabilidade dos projetos. Uma dessas reformas é a de novos espaços didáticos, como o novo prédio da FFLCH, que ampliará as salas de aula, com a possibilidade de uma verticalização do prédio. Bem como o Edifício Eurípedes Simões de Paula (Geografia e História), que poderá ser uma das prioridades de reforma do plano diretor pelo seu valor arquitetônico.

Essa expansão exige um planejamento cuidadoso sobre o uso e a reorganização dos espaços. Também ficou estabelecido que acontecerão visitas técnicas por blocos e prédios com participação da SEF, e serão levantados dados sobre infraestrutura para garantir que os objetivos sejam cumpridos. A comissão feita para esse projeto está responsável por se comunicar com a comunidade e entender suas necessidades.
Haverá, ainda, a adoção de uma abordagem participativa. A ideia é que ela aconteça por meio de oficinas presenciais e formulários online para que toda a comunidade possa contribuir com sugestões e pedidos. Tanto a SEF quanto a comissão da FFLCH reconhecem que apenas com o envolvimento da comunidade universitária será possível criar um plano que contemple necessidades reais. O projeto conta com vários pilares do que deve ser alcançado como acessibilidade, combate a incêndio, sustentabilidade, qualidade de vida, integração de processos, mobilidade e segurança.
Além da preservação patrimonial, outra preocupação levantada por um representante do corpo discente foi com a consideração e reconhecimento de pessoas que também frequentam a Universidade, mas não possuem vínculos formais com a USP, como os cursinhos populares. “O reconhecimento da presença dessas pessoas, que estão ali no cotidiano dos alunos, é relevante para que se estabeleça uma boa comunicação com os discentes e para que essas consultas das necessidades sejam mais efetivas”, afirmou o representante do corpo discente.