Um ano tão impactado com uma pandemia em nível Global nos obriga a reelaborar nossas formas de interagir em sociedade, seja dentro ou fora de nossas comunidades locais. Se, por um lado, tivemos que nos confrontar com uma série de limitações, especialmente no que diz respeito à mobilidade e eventos públicos, por outro, plataformas digitais passaram a desempenhar um papel central em nosso dia-a-dia. Em meio aos diferentes efeitos e consequências de tamanha crise em proporções nunca antes vividas por esta geração, a educação e a cultura ganham novo formato, dimensão e alcance.
Na esteira desses acontecimentos, a Cátedra William Butler Yeats de Estudos Irlandeses da USP, em parceria com a Spcine — a empresa de Cinema e Audiovisual da Prefeitura de São Paulo —, realiza a I Mostra Online de Cinema Irlandês no Brasil entre os dias 17 e 30 de setembro de 2020 na plataforma digital Spcine Play.
Disponíveis ao grande público concomitantemente com as atividades do XV ABEI Symposium of Irish Studies in South America: Virtual Encounters, co-organizadas com a Associação Brasileira de Estudos Irlandeses (ABEI) os cinco filmes que integram a Mostra fazem uma grande viagem no tempo e no espaço, abrindo caminho para uma série de discussões e reflexões dentro e fora do contexto Irlandês, atravessando, assim, diferentes fronteiras, sejam elas imaginárias ou não.
Os dois documentários da programação nos convidam a uma jornada pela Diáspora Irlandesa no continente americano. Eliza: The Queen of Paraguay (2013), de Alan Gilsenan, recupera a trajetória pouco explorada de uma personagem histórica da Guerra do Paraguai na segunda metade do século XIX. Já o documentário In the Name of Peace: John Hume in America (2017) de Maurice Fitzpatrick discute o modo pelo qual John Hume mobilizou a ampla comunidade irlandesa nos EUA para firmar um acordo de paz entre a república e a Irlanda do Norte.
As três ficções da Mostra retratam diferentes aspectos do cotidiano irlandês contemporâneo. Goldfish Memory (2003), de Liz Gill, Sanctuary (2016) de Len Collin e Michael Inside (2017) de Frank Berry apresentam narrativas que são, ao mesmo tempo, singulares e universais. Sua representação de personagens que desafiam clichês em torno da cultura do país, também trazem à tona diferentes miradas sobre relações interpessoais que não se limitam a uma única nacionalidade.
Esperamos que este pequeno recorte do audiovisual irlandês abra novos caminhos e promova grandes encontros, agora cada vez mais intensificados através do ambiente virtual.
Para o passo a passo de como assistir os filmes pela plataforma da Spcine Play: http://catedrawbyeats.fflch.usp.br/sites/catedrawbyeats.fflch.usp.br/fi…
Para a programação das rodas de conversa sobre os filmes: http://catedrawbyeats.fflch.usp.br/sites/catedrawbyeats.fflch.usp.br/fi…
Curadoria:
Cecília Adolpho Martins (DLM/USP)
Laura P. Z. de Izarra (DLM/USP)
Noélia Borges de Araújo (PPGLitCult/UFBA)
Sanio Santos (PPGLitCult/UFBA)
Thiago M. Moyano (DLM/USP)
Organização:
Laura P. Z. de Izarra, Marcio Miranda Perez e Thiago M. Moyano
Cátedra W. B. Yeats de Estudos Irlandeses - Universidade de São Paulo
