Malinche: da história aos Estudos da Tradução

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E-mail
jamilly.alvino@usp.br
Telefone
(11) 3714-1935
Docente responsável pelo evento
John Milton, DLM
Local do evento
Outro local
Auditório / Sala / Outro local
O evento será transmitido pelo canal da FFLCH no Youtube
O evento será gratuito ou pago?
Evento gratuito
É necessário fazer inscrição?
Sem inscrição prévia
Haverá emissão de certificado?
Sim
Haverá participação de docente(s) estrangeiro(s)?
Não
Descrição

O evento será transmitido pelo canal da FFLCH no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCNiH334YQslyClYxjkM0X8A

Malinche é uma das figuras mais emblemáticas da tradução: escravizada, foi intérprete do conquistador espanhol Hernán Cortés no México, no início do século XVI. Embora tenha ficado esquecida por muito tempo, no século XIX, em um processo de revisão de sua história, Malinche foi culpada pela conquista espanhola e tornou-se símbolo e veículo para a reivindicação da independência e da identidade nacional mexicana. Assim, devido a leituras distorcidas e construções ficcionais, criou-se uma figura que personifica traição e devoção ao invasor estrangeiro – amalgamadas, inclusive, em uma expressão popular de forte carga negativa: malinchismo. Apenas no século XX, quase 400 anos após a sua vida, passou-se a revisar e recontar sua história; assim, novos olhares e hipóteses foram produzidos com o objetivo de (tentar) fazer justiça a Malinche e mostrar as tensões às quais as mulheres foram, e são, submetidas em sociedades colonizadoras e opressoras. Além disso, desde que os estudos da tradução se sistematizaram a partir de uma abordagem feminista, impulsionada, inicialmente, pelos trabalhos de escritoras feministas na região do Québec, no Canadá, na década de 1970, Malinche passou, também, a ser foco de análise e estudo na tradução. Nesta palestra, propõe-se apresentar perspectivas de leitura de Malinche por meio da contribuição de campos como a história, a literatura, os feminismos e a tradução, oferecendo-lhe um olhar mais justo e mostrando como, mesmo depois de muito tempo, ela ainda representa questões extremamente atuais.

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