Diretora da FFLCH é homenageada no Dia Internacional da Mulher

Por
Redação
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KU,
Maria Arminda do Nascimento Arruda (a primeira à direita) foi lembrada por ter sido a primeira pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP. Além disso, foi a segunda docente a ser titular do Departamento de Sociologia e é a segunda diretora eleita da FFLCH, da qual está à frente desde setembro do ano passado  

Em evento de celebração do Dia Internacional da Mulher na USP, realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), na manhã de 8 de março, a socióloga e diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Maria Arminda do Nascimento Arruda, foi homenageada por sua gestão como primeira pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da Universidade, pelo período de 2010 a 2016.
 
Na ocasião, Maria Arminda ministrou a palestra “Mulher e sociedade”. Em sua fala, a docente comentou algumas questões referentes à situação e à condição da mulher na universidade, destacando a atuação de professoras na área das ciências sociais e humanas.

Ela citou a pesquisa de Maria Isaura Pereira de Queiroz, do Departamento de Sociologia; a de Maria Sylvia de Carvalho Franco, do Departamento de Filosofia; e deu ênfase para a obra de Gilda de Mello e Souza (1919-2005), sobre a qual está escrevendo um ensaio, uma das principais pesquisadoras na área de estética e filosofia da arte, “que foi importante junto ao Departamento de Filosofia durante a ditadura militar”, e era esposa do crítico literário e do também professor da FFLCH, Antonio Candido de Mello e Souza.

Contribuições à cultura e extensão

No período em que esteve à frente da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, Maria Arminda contribuiu para a formulação de uma sólida política pública na área de cultura e extensão.

Entre as ações desenvolvidas pode-se destacar: criação dos editais para apoio ao intercâmbio das atividades de cultura e extensão, para ações em preservação de acervos ​e para as ações em Memórias USP;​ estabelecimento de convênio com a Secretaria Estadual de Educação, que ampliou a participação de alunos e professores das escola públicas em ações promovidas pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) como: Feira de Profissões, Cursos de Verão e de Inverno, Giro cultural; realização da Virada Científica de São Paulo e investimento na reforma e elaboração do Anfiteatro Camargo Guarnieri, um espaço para Cultura e Artes na Universidade.

A docente é graduada em Ciências Sociais, com mestrado e doutorado em Sociologia, todos pela USP. Dedica-se aos estudos da sociologia cultural, com ênfase em literatura, artes, pensamento social, história intelectual e meios de comunicação de massa. Desde 2005, é professora titular do Departamento de Sociologia, tornando-se a segunda docente a obter este título neste Departamento e é a segunda diretora eleita na FFLCH. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia, de 1991 a 1996; representante da área de Sociologia junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de 1997 a 2001; secretária Executiva da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), de 2005 a 2008, da qual é, atualmente, membro do Comitê Institucional; e chefe do Departamento de Sociologia, de 2005 a 2008.

Outras homenagens

“Me sinto duplamente honrada por estar aqui para falar sobre gênero e por participar deste momento de homenagem à Maria Arminda, minha eterna orientadora”, ressaltou a socióloga Michele Asmar Fanini. A pesquisadora tem graduação em Ciências Sociais, mestrado e doutorado em Sociologia pela FFLCH, todos tendo como orientadora a professora Maria Arminda, e pós-doutorado pelo Instituto de Estudos Brasileiros (IEB).

Ela possui experiência nas áreas de Sociologia da Cultura, da Literatura e do Gênero e foi convidada para proferir a palestra “Mulher: (des) caminhos entre a invisibilidade e reconhecimento social”, na qual destacou que muitas mulheres não aparecem nos registros históricos porque elas eram impedidas de desempenhar papéis na esfera pública, sendo reservado a elas somente o papel privado na sociedade.

No período da tarde, a homenageada foi a médica e professora titular do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do ICB, Telma Maria Tenório Zorn. A docente foi lembrada pelos 41 anos de carreira científica na USP e pela atuação como pró-reitora de Graduação, no período de 2010 a 2013, no qual realizou ações para ampliar a inclusão social na universidade.

Logo depois, foi realizada uma mesa-redonda sobre o tema “Mulheres na ciência” com a participação de pesquisadoras ganhadoras de prêmios na área da ciência. Outras duas palestras fizeram parte do evento: “Diferença de Gênero e Raça no Ambiente Universitário”, proferida pela representante do Núcleo de Consciência Negra da USP, Cristiane Maria De Paula; e “Estudo Homens x Mulheres na carreira científica”, pela socióloga e doutoranda da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marília Moschkovich.

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